Na sociedade contemporânea,
grande parte dos jogos tradicionais infantis - ciranda cirandinha, cabra-cega,
barra manteiga, queimada, jogo de pião, pedrinhas, amarelinha, entre outros -
que encantam e fazem parte do cotidiano de várias gerações de crianças, estão
desaparecendo devido à influência da televisão, dos jogos eletrônicos e das
transformações do ambiente urbano, ou seja, as ruas e as calçadas deixaram de
ser os espaços para a criança brincar.
Pesquisas atuais mostram a importância
dos jogos tradicionais na educação e socialização da criança, pois brincando e
jogando a criança estabelece vínculos sociais, ajusta-se ao grupo e aceita a participação
de outras crianças com os mesmos direitos. Obedece, ainda, às regras traçadas
pelo grupo, como também propõe suas modificações; aprende a ganhar e a perder. Com
a descoberta da infância, os brinquedos e os jogos que, em épocas remotas, eram
utilizados em cultos e rituais religiosos e que integravam os laços coletivos
da comunidade passaram por transformações e tornaram-se monopólios do universo
infantil.
As crianças brasileiras receberam influências de diversas culturas
lúdicas do mundo, particularmente, a portuguesa. Jogos e brincadeiras tradicionais
coexistem com novas modalidades de brincar trazidos pela tela da TV, vídeo
game, computador, ampliando o seu universo lúdico e dando novas oportunidades
aqueles que começam a descobrir o mundo. Assim, pode-se pensar que as novas formas
do lúdico e das brincadeiras contemporâneas estão, em essência, referendadas e instrumentalizadas
pelas experiências objetos antigos que, reatulizados, configuram uma nova perspectiva
do brincar, mas - e infelizmente!! –não tanto poética e artesanal. Em última análise,
o brincar transformou-se ao longo do tempo e os instrumentos é que modificaram
para, provavelmente atender ao dinamismo do mundo globalizado.
Nos dias de hoje
a maioria de nossas crianças não praticam mais as brincadeiras que fizeram
parte da nossa infância. Muitas só pensam em videogames, internet, celulares, mesmo
nas comunidades mais pobres é não se encontra mais crianças brincando de bola
de gude, roda, pião, nem mesmo de casinha e boneca as meninas brincam mais.
http://www.faced.ufu.br/colubhe06/anais/arquivos/47ElizabethBernardes.pdf
Thiago Patrício
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