terça-feira, 24 de setembro de 2013

Jogos de ontem e jogos de hoje

Na sociedade contemporânea, grande parte dos jogos tradicionais infantis - ciranda cirandinha, cabra-cega, barra manteiga, queimada, jogo de pião, pedrinhas, amarelinha, entre outros - que encantam e fazem parte do cotidiano de várias gerações de crianças, estão desaparecendo devido à influência da televisão, dos jogos eletrônicos e das transformações do ambiente urbano, ou seja, as ruas e as calçadas deixaram de ser os espaços para a criança brincar. 

Pesquisas atuais mostram a importância dos jogos tradicionais na educação e socialização da criança, pois brincando e jogando a criança estabelece vínculos sociais, ajusta-se ao grupo e aceita a participação de outras crianças com os mesmos direitos. Obedece, ainda, às regras traçadas pelo grupo, como também propõe suas modificações; aprende a ganhar e a perder. Com a descoberta da infância, os brinquedos e os jogos que, em épocas remotas, eram utilizados em cultos e rituais religiosos e que integravam os laços coletivos da comunidade passaram por transformações e tornaram-se monopólios do universo infantil. 
As crianças brasileiras receberam influências de diversas culturas lúdicas do mundo, particularmente, a portuguesa. Jogos e brincadeiras tradicionais coexistem com novas modalidades de brincar trazidos pela tela da TV, vídeo game, computador, ampliando o seu universo lúdico e dando novas oportunidades aqueles que começam a descobrir o mundo. Assim, pode-se pensar que as novas formas do lúdico e das brincadeiras contemporâneas estão, em essência, referendadas e instrumentalizadas pelas experiências objetos antigos que, reatulizados, configuram uma nova perspectiva do brincar, mas - e infelizmente!! –não tanto poética e artesanal. Em última análise, o brincar transformou-se ao longo do tempo e os instrumentos é que modificaram para, provavelmente atender ao dinamismo do mundo globalizado.
Nos dias de hoje a maioria de nossas crianças não praticam mais as brincadeiras que fizeram parte da nossa infância. Muitas só pensam em videogames, internet, celulares, mesmo nas comunidades mais pobres é não se encontra mais crianças brincando de bola de gude, roda, pião, nem mesmo de casinha e boneca as meninas brincam mais.


http://www.faced.ufu.br/colubhe06/anais/arquivos/47ElizabethBernardes.pdf

Thiago Patrício

Nenhum comentário:

Postar um comentário